por Laudato Si' Movement | jun 29, 2022 | Blog, Capítulos, Círculos, Notícias e Atualizações, Oração | 1 Comentário
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Rezando pela simplicidade e estilos de vida simples para ajudar a preservar a criação
A humanidade é chamada a tomar consciência da necessidade de mudanças de estilos de vida, de produção e de consumo, para combater este aquecimento ou, pelo menos, as causas humanas que o produzem ou acentuam. (LS 23)
Obrigado, Senhor, por todos os Teus dons. Por nos concederes o alimento necessário e as coisas de uso diário.
Não deixes que os bens materiais nos separem de Ti, o Bem Supremo. Abre nossos corações ao Teu amor, que Tu nos mostras através da proximidade de nossos irmãos e irmãs e da beleza de Tua criação. Liberta-nos do apego às coisas que possuímos e capacita- nos a compartilhar sacrificialmente com aqueles que têm menos do que nós.
Ensina-nos a nos contentarmos com o necessário. Protege-nos da ganância, da avareza e do desperdício. Que nossas escolhas diárias sirvam para alcançar a justiça no mundo, não a exploração do planeta e seus pobres.
Pedimos a sabedoria necessária, corações sensíveis e a virtude da moderação, para que na compra de bens sejamos guiados não apenas pelo nosso próprio benefício, mas pela preocupação com o bem comum, os direitos dos trabalhadores, o bom tratamento dos animais e as consequências para o meio ambiente. Ajuda-nos a sempre nos lembrarmos que Tu és o nosso Bem maior, e tudo o que temos devemos a Ti.
Amém.
Originalmente escrito em polonês por Małgorzata Rzym, Animadora Laudato Si’. Varsóvia, Polônia. Parte do Livro de Orações do Movimento Laudato Si’.
“Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas que ajuntaste de quem serão?” (Lucas 12, 13-21)
Estes problemas estão intimamente ligados à cultura do descarte, que afeta tanto os seres humanos excluídos como as coisas que se convertem rapidamente em lixo. (LS 22)
Ir. Melissa Benitez Irmã Salesiana, Texas, EUA
“Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas que ajuntaste de quem serão?” Que Evangelho poderoso! Imagine se Deus estivesse dirigindo essas mesmas palavras a você… se você fosse entregar sua alma ao Senhor hoje à noite, o que seria de todas as suas posses? Reflita por um momento sobre todas as coisas que você tem.
Vivemos hoje em uma sociedade governada pela “cultura do descartável”, como a chama o Papa Francisco. Setenta por cento de todas as emissões de gases de efeito estufa vêm da produção e implementação de produtos.1 O americano médio joga fora mais de 2 kg de lixo todos os dias, o que equivale a mais de 725 quilos de lixo por pessoa a cada ano.2 Os cientistas preveem que até o ano de 2050 haverá mais plástico em nossos oceanos do que peixes. Nesse sentido, somos verdadeiramente uma sociedade do descartável. O que Jesus diria se voltasse e testemunhasse a maneira como vivemos?
Talvez a parte mais desanimadora disso tudo seja testemunhar o imenso desperdício daquilo que poderia ter sido usado para um bem maior: é essa disparidade que constitui uma injustiça ambiental e social. Por exemplo, toda a comida atualmente desperdiçada na África, consequência da injustiça social, poderia alimentar 300 milhões de pessoas.3 Todos os combustíveis fósseis e energia usados para produzir esse alimento são desperdiçados. Acredito que Madre Teresa foi quem melhor expressou isso quando disse, certa vez: “Só fico com raiva quando vejo desperdício. Quando vejo pessoas jogando fora coisas que poderíamos usar.”
É hora de uma mudança de paradigma. Com as temperaturas globais subindo a um ritmo alarmante, se não formos proativos e nos distanciarmos de uma economia baseada em combustíveis fósseis, teremos que pagar o preço. Atribui-se a um sábio líder indígena americano chamado Cacique Seattle a seguinte frase: “A terra não pertence à humanidade; a humanidade é que pertence à terra. Todas as coisas estão conectadas como o sangue que nos une a todos. A humanidade não teceu a teia da vida: é somente um fio nela. O que quer que a humanidade faça à teia, ela faz a si mesma.”
Devemos nos conscientizar de que o que fazemos à Terra, inevitavelmente fazemos a nós mesmos, especialmente aos pobres. Dezenas de países pelo mundo já estão nos mostrando audaciosamente que a humanidade pode reduzir, reutilizar e reciclar, indo de uma economia baseada em combustíveis fósseis para uma ecologia mais integral.
Em 2018, por exemplo, a França construiu a primeira estrada totalmente reciclada do mundo usando material triturado e reaproveitado de estradas antigas.4 Em 2016, a mesma França se tornou o primeiro país a proibir os supermercados de jogar fora alimentos de boa qualidade, mas não vendidos, exigindo que fossem doados para instituições de caridade ou bancos de alimentos.4 Que incrível e inspirador!
Para dar um exemplo mais simples, Lauren Singer mostrou ao mundo que podemos minimizar nossa pegada ecológica quando ela adotou um estilo de vida de desperdício zero, fazendo escolhas simples e colocando todo o lixo produzido por ela em um ano num único pote de vidro!5
Uma ecologia integral. Parece impossível no início, mas em solidariedade e com fé no Senhor, é possível! Meus irmãos e irmãs em Cristo, como o Evangelho nos lembra, vamos compartilhar nossa “rica colheita” com nosso próximo, pois Deus nos deu a Terra para sermos “administradores da Terra”.
Hoje, convido você a refletir sobre suas posses e estilo de vida e se perguntar: “O que posso compartilhar com meu próximo? Que mudanças de estilo de vida o Senhor está me convidando a fazer para que eu viva de forma mais sustentável e ajude a combater o aquecimento global?”
Vamos agir sem demora! Acima de tudo, porém, gostaria de encerrar com as palavras de nosso Santo Padre, o Papa Francisco: “Caminhemos cantando; que as nossas lutas e a nossa preocupação por este planeta não nos tirem a alegria da esperança” (LS 244).
Michael Downs, Animador Laudato Si’ e Animador de Animadores Califórnia, EUA
Escuto o grito da criação no desmatamento das velhas sequoias costeiras. Conhecidas como semper virens, “sempre vivas”, essas árvores estão entre as maiores e mais antigas do mundo. Elas também sequestram mais carbono do que qualquer outra árvore.
Infelizmente, em nome do desenvolvimento urbano e da ganância, mais de 95% das florestas antigas ao longo da Costa Oeste dos Estados Unidos foram desmatadas. No lugar onde moro em Oakland, Califórnia, todas as velhas sequoias se foram.
Menos uma.
Oakland, California
É aqui que passo as minhas manhãs, seja a pé ou de bicicleta, para me conectar com a criação. Ela é para mim o que o Papa Francisco chama de “lugar específico que assume um significado pessoal”, onde “sinto a carícia de Deus” e “recupero algo do meu verdadeiro eu”.
No primeiro plano está o meu amigo, a última velha sequoia remanescente em nossa região, carinhosamente apelidada de “Velho Avô”. Com idade entre 500 e 700 anos, é um resquício da antiga glória desta floresta e um modelo de resiliência. Por que razão, quando os desmatadores dizimaram as colinas de Oakland durante a corrida do ouro na Califórnia, a partir de 1849, deixaram apenas uma árvore? Especialistas especulam que ela foi considerada “nanica” pelos padrões madeireiros e estava situada em uma ravina rochosa de difícil acesso.
Se você olhar além da árvore, poderá ver o horizonte distante de San Francisco, cidade batizada em homenagem a São Francisco de Assis e agora um centro de tecnologia e finanças globais.
Louvado sejas, Senhor, pelo Avô sequoia, que nos dá o dom da inspiração: o oxigênio que libera para nós ao absorver nosso dióxido de carbono e a resistência que exibe, cercado pelos tocos de sua família florestal. Tocos que deram origem a sequoias de “segundo crescimento”, sinais de esperança e cura.
Agnes Richard, Coordenadora, Movimento Laudato Si’, Canadá
Treze pessoas participaram do Retiro Laudato Si’ no Centro de Espiritualidade, Justiça e Liderança Jovem Jericho House, perto de Wainfleet, Ontário. O retiro, organizado em colaboração com MLSM Canadá, seguiu o tema “Grito da Terra” e proporcionou um período para que espíritos afins explorassem como lidar com a crise ecológica e seus desafios.
Os participantes, vindos de diferentes setores pastorais e regiões de Ontário, desfrutaram do primeiro evento presencial do MLSM Canadá.
Discussões animadas trataram da aliança com os povos indígenas, perda de diversidade, energia renovável, redução de combustíveis fósseis, naturalização, agricultura regenerativa, proteção de cursos d’água e oceanos, melhores práticas na construção de movimentos ecológicos, uso de redes sociais para ampliar nossas conexões e vários materiais de recursos locais.
O lindo clima de primavera nos atraiu para os espaços ao ar livre para testemunhar a migração dos pássaros canoros, visitar as margens do Lago Erie e passear por um labirinto no coração de uma floresta caroliniana. A Ir. Jacquie e o Ir. Bill nos conduziram pela bela propriedade da Jericho House na contemplação dos inúmeros dons do Criador, orientando-nos sobre como nos conectamos física e espiritualmente com esses dons.
Estas ações comunitárias, quando exprimem um amor que se doa, podem transformar-se em experiências espirituais intensas. (LS 232)
Christina Bagaglio Slentz. Animadora Laudato Si’, Califórnia, EUA
Minha história de conversão ecológica começa no berço – meu berço católico, para ser específica. Destaco esse início porque imagino que muitos “católicos de berço”, como eu, podem carregar uma sensação subconsciente de ter nascido em um estado de plenitude espiritual.
Meu pai era um “católico de berço”, mas minha mãe era convertida ao catolicismo. Assim, cresci ciente dessa distinção. Sorte minha! Dava para pular aquela fase de “caí do cavalo e fiquei cego”, sendo poupada do destino de São Paulo e outros convertidos famosos que tiveram que lutar por uma revelação individual. (Tá bom, aqui estou dando uma piscadinha.)
Felizmente, com uma (grande) ajudinha do Espírito Santo, minha conversão ecológica realmente produziu uma nova visão do meu relacionamento com o Criador, expondo minha ingenuidade e estagnação, e também acendendo meu senso de admiração e mostrando minha incompletude.
Embora minha vida religiosa anterior fosse bem ativa, ela era bastante confortável — aninhada em estruturas religiosas familiares e girando em torno dos mesmos antigos ministérios. Em vez de um raio, minha revelação veio em eletrificação lenta, iluminando um novo caminho de relacionamento com Cristo Ressuscitado, visível em todas as coisas.
Voltando à pós-graduação um pouco mais tarde, meus estudos culminaram no aspecto social das mudanças climáticas. Para ajudar a estruturar minha análise, meu orientador me apresentou a teorias de sistemas e ciclos adaptativos complexos, que reconhecem em todo o mundo natural um padrão repetido de crescimento, mudança e renovação, incluindo os sistemas humanos de comportamento.
Comecei a ver esse padrão em todos os lugares, em todas as coisas, caracterizado por poderosos caminhos de interconexão, e não pude deixar de me perguntar como alguém podia observar tal consistência universal e permanecer cego para uma arquitetura de Design Inteligente. Certamente, a mão de Deus estava trabalhando e eu fiquei maravilhada com o clarão que vi à minha frente.
Foi aí que eu li a Laudato Si’: Sobre o cuidado da Casa Comum.
A encíclica do Papa Francisco foi o trabalho mais abrangente que encontrei, reunindo as dimensões sociais e ecológicas da degradação ambiental e da injustiça climática, mas ainda tinha mais. Veja bem, esta mãe convertida também era escoteira dos pés à cabeça, comprometida em plantar sementes em seus filhos para nutrir o amor pela natureza. Além do mais, também era uma professora católica dedicada, plantando sementes de fé. As palavras do Papa Francisco reverberaram em meu coração, mente e alma, conectando crenças profundamente arraigadas e valores há muito nutridos. Fiquei impressionada, maravilhada com o desígnio de Deus.
E então, a COVID-19 envolveu o planeta. Ao mesmo tempo em que tudo foi retirado, as mudanças de tempo do nosso ano litúrgico permaneceram, fixando minha família no tempo e no espaço. Nossa libertação mais promissora do vírus foi ao ar livre. Lutando para encontrar maneiras de manter os paroquianos conectados, juntei-me a outros catequistas para uma tempestade de ideias sobre atividades apropriadas para o período da COVID. O que poderia ser mais apropriado do que um minicurso sobre a Laudato Si’ no jardim da casa paroquial?
Quando comecei a mergulhar na riqueza da espiritualidade ecológica, os santos Francisco, Clara, Boaventura e João Duns Escoto me atraíram para o Evangelho da Criação. Lembrei- me do convite de Santo Agostinho para alcançar o que ainda não somos, uma proposta que oscila descontroladamente com a expectativa e a promessa de continuarmos nos empurrando na direção de Deus. Ao ver o Cristo Ressuscitado em todas as coisas criadas, comecei a ver que estava literalmente cercada e aí sim, fiz a curva no caminho.
Por Bill Jacobs and Kat HoenkeEcologista e fundador do Centro de Preservação Santa Kateri; ecologista espacial
A América do Norte e a Igreja Católica são abençoadas com uma santa indígena norte-americana, membro dos povos originários e cheia de conhecimento ecológico tradicional: Kateri Tekakwitha.
Santa Kateri nasceu em 1656 no que hoje é o norte do estado de Nova York, EUA. Sua mãe era Algonquin e seu pai era Kanienkehaka (Mohawk). Sua mãe, pai e irmão morreram de varíola quando Kateri tinha cerca de quatro anos. A epidemia de varíola tirou a vida de 50% ou mais da população indígena. Kateri sobreviveu. No entanto, ficou cheia de cicatrizes e parcialmente cega. Foi adotada por seu tio e duas tias, todos membros do Clã Tartaruga da Confederação Haudenosaunee (Iroquois).
Ela cresceu como outras meninas indígenas de seu tempo na Terra. Seus dias eram cheios de tarefas, ajudando a família e os vizinhos, aprendendo e planejando seu futuro. Kateri se tornou uma jovem modesta de personalidade amorosa e gentil.
Ajudava as tias a trabalhar nos campos onde cultivavam milho, feijão e abóbora (as “Três Irmãs”) e cuidava da maloca tradicional em que viviam. Kateri apanhava lenha na floresta e colhia plantas para remédios e tinturas. Ela coletava água de córregos e nascentes que borbulhavam do chão. Apesar de sua visão fraca, tornou-se habilidosa no trabalho com miçangas.
Bill Jacobs
Kateri e seus povos indígenas tinham um profundo conhecimento dos campos, florestas, rios, plantas e animais de sua terra natal. Por muitos milhares de anos, os povos indígenas da sua terra natal administraram a terra local para dela tirarem alimento, remédios, abrigo e roupas. Utilizando técnicas como as pequenas queimadas de florestas, eles administravam a terra em benefício das pessoas e da natureza, entre as quais não havia separação.
Caçavam, pescavam, cultivavam, coletavam, colhiam e comercializavam para suprir suas necessidades materiais e espirituais, profundamente conscientes dos ritmos da natureza inscritos pelo nosso Criador. Seu povo indígena se via como um só com a comunidade natural, considerando outros seres como parentes, irmãs e irmãos.
Kateri e seu povo indígena rotineiramente davam graças pela criação dentro de si e à sua volta, das pessoas e a Mãe Terra, a água, peixes, plantas, animais, quatro ventos, sol, lua e estrelas até o Criador ou Grande Espírito.
Ela se interessou pelo catolicismo ao ouvir os padres jesuítas que visitavam sua aldeia. Aos 19 anos, Kateri foi batizada. Escolheu abraçar completamente a Jesus e se recusou a se casar. A nova fé e escolha de vida de Kateri não se encaixavam com as expectativas em sua aldeia, levando-a, por fim, a viajar mais de 100 quilômetros ao norte através de bosques e rios até a missão católica de São Francisco Xavier em Sault Saint- Louis, perto de Montreal. A jornada de Kateri pelo deserto durou mais de dois meses.
St. Kateri habitat in California, USA
Em seus vários locais de origem pelo planeta, o conhecimento dos povos indígenas sobre as relações dos seres vivos — incluindo humanos — com o nosso Criador e a criação é passada oralmente de geração em geração. Na América do Norte, isso é conhecido como Conhecimento Ecológico Tradicional (TEK, na sigla em inglês), Conhecimento Indígena ou Ciência Indígena. O conhecimento íntimo que Kateri tinha de Deus e da criação antes que os ecossistemas fossem degradados, prejudicados ou destruídos daria inveja a qualquer ecologista hoje.
Kateri, cuja saúde sempre foi fraca, morreu em 17 de abril de 1680, após um longo período de doença. Ela tinha 24 anos. A existência piedosa de Kateri não terminou com sua morte física. Três pessoas tiveram visões dela na semana seguinte à sua morte. Uma capela foi construída perto de seu túmulo e logo as pessoas começaram a peregrinar até lá — indígenas e europeus — para agradecer a Deus por essa santa mulher.
Kat Hoenke
Kateri apareceu a um missionário jesuíta que a conhecia, o padre Claude Chauchetière, a quem pediu para pintar um retrato dela (veja a pintura acima). O Pe. Chauchetière passou os 15 anos seguintes de sua vida trabalhando pela canonização dela. Em 2012, Kateri foi canonizada pelo Papa Bento XVI. Existem muitos relatos de milagres atribuídos à intercessão de Kateri, que continua até os dias atuais.
Este mês, reconhecemos o Conhecimento Ecológico Tradicional e a fé de Santa Kateri, juntamente com a ciência ocidental, através da criação de Habitats de Santa Kateri para pessoas e animais selvagens, em seus lares e comunidades locais. A TEK e a ciência moderna, combinadas com fé, esperança e amor, formam a base de uma ecologia verdadeiramente integral.
O Santuário Nacional de Santa Kateri Tekakwitha nos EUA fica em Fonda, Nova York, e no Canadá, no Território Mohawk de Kahnawake.
Leia mais: Centro S. Kateri celebra a Laudato Si’
By Julia Steed Mawson Círculo Laudato Si’, New Hampshire, EUA
Temos a sorte de ter um pároco com senso de humor. Apesar de um ano inteiro de trabalho para recrutar membros, ainda somos apenas dois em nosso Círculo Laudato Si’. Nosso padre tão perspicaz nos lembrou outro dia que dois pontos formam uma “linha”, não um “círculo”. No entanto, embora possamos parecer uma “Linha Laudato Si’”, SOMOS um Círculo porque, diferentemente de outros círculos, temos um pároco que se reúne conosco todos os meses desde 2021 e apoiou a maioria das nossas ideias.
Desde 2021 desenvolvemos um breve plano focado em apresentar a Laudato Si’ e o Tempo da Criação à nossa paróquia. Assim, além de um boletim informativo por e-mail, tivemos orações dos fiéis, duas inserções iniciadas pelo nosso pároco, pequenos boletins do Tempo da Criação, cartazes/folhetos de recrutamento para o Círculo Laudato Si’, u
Julia Steed Mawson
Este ano também desenvolvemos e implementamos “A Criação e o olhar de Jesus: uma Via Sacra quaresmal”, conduzida pelo nosso pároco, e preparamos a apresentação e roda de conversa “Louvado seja! Laudato Si’: uma introdução à Laudato Si’: Sobre o cuidado da Casa Comum”. Temos planos de oferecer essa atividade durante o Tempo da Criação, bem como um grupo de discussão mais longo com foco no livro Creation at the Crossroads (“A Criação na Encruzilhada”, em tradução livre).
Este é um trabalho de base, um ministério com a nossa paróquia. No entanto, neste estado conservador, o trabalho deve incluir também o topo da pirâmide. Desde o início, incluímos dois representantes do escritório diocesano em nossa lista de e-mail. Isso resultou na inclusão de recursos com foco na Criação para o Tempo da Criação e a Quaresma no site diocesano.
Mas um envolvimento maior da diocese e do bispo é fundamental. As duas vozes do Círculo não são suficientes. Começamos a trabalhar com três outros fiéis do estado para que se juntem a nós. Nosso objetivo é ter uma equipe de sete a 10 pessoas, representando as dioceses do estado e as principais cidades de New Hampshire. Idealmente, poderíamos ter uma reunião inicial e, então, promover um relacionamento e diálogo de longo prazo com a diocese sobre a Laudato Si’ e os esforços de cuidado da criação em New Hampshire.
Sendo assim, enquanto as coisas ainda caminham a passos de tartaruga, pelo menos somos um grupo inter-paroquial de cinco pessoas. Não uma linha Laudato Si’, não exatamente um círculo, mas mais como um “rabisco”… E todos nós temos senso de humor!
Louvado Sejas ó Senhor pelos edificantes depoimentos de quem vive uma ecologia integral. Encanto-me por um estilo de vida sinodal que nos reintegra, como nos exorta São Bento a buscar o absoluto, ao qual encontramos na conexão conosco, com o outro e com Deus.